San Diego Chronicles

... o sabor da Tequilla e das enchiladas, o brilho da areia, as ondas do Pacífico, as cores do México, o som do Jazz, dos Blues, do Funk, o movimento nas ruas, aquilo que me surpreende, o que me fascina, o que me apaixona, o que me chateia, ou apenas aquilo que me vai na cabeça...

Monday, June 06, 2005

Fui à capital ...

Não tenho dado muitas notícias, não por falta de acontecimentos, mas mais por falta de tempo e excesso de informação. Há duas semanas atrás rumei á capital deste tasco, Washington DC. Ali, pude ter o meu primeiro contacto com a East Coast, e visitar os meus amigos Rui e Fred. Pelo caminho, registo o sobrevoar do Grand Canyon, que mesmo a 30.000 pés de altitude consegue ser imponente e deslumbrante. Em princípio não faltará muito para que o veja mais de perto. Também o sobrevoar do estado do Colorado foi bastante agradável, onde imensas cordilheiras de cadeias montanhosas com picos brancos davam um colorido interessante á paisagem. Aterramos na capital do Colorado, Denver, onde se podia ver uma imensa planície onde se estendia a cidade, e montanhas gigantes a rodeá-la. Fiquei com a ideia de que o Colorado seria um estado interessante para visitar, pelo menos em termos de beleza natural, e o mesmo me foi confirmado pelo senhor que se sentou ao meu lado a caminho de Washington. Na parte final do voo foi-nos pedido que não saísse-mos do lugar nos últimos 30 minutos de voo por razões de segurança, sob pena do avião ter que adoptar uma rota de emergência. Tive uma vontade subversiva de ir a casa de banho de repente… Mas ok … Havia quem me esperasse no aeroporto.
Em Washington fui recebido pelos locais, na sua bela casa senhorial de início de século XX, remodelada a preceito, e bem protegida pelas inúmeras armadilhas colantes anti ratos. Tanto tinha ouvido falar mal de Washington, principalmente pela boca do Fred, que a verdade é que até fiquei bem impressionado. Realmente o centro da cidade é uma seca. Descendo a rua 16, chegamos a Pensilvania Avenue, onde vemos o 1600 da dita rua, a Casa Branca. Tira-se a fotografia da praxe, tem-se pensamentos transviados (e se agora …), e segue-se para as outras capelinhas. Virando à esquerda, seguindo por New York Avenue, chego ao Banco Inter-americano de Desenvolvimento, onde o Rui trabalha, e desço até chegar a uma praça qualquer. Entretanto já fui abordado umas 6 vezes para salvar o mundo de diversas ameaças: armas nucleares, camada de ozono, perfurações de petróleo no Alasca, e por aí fora. Volto a entrar na Pensilvania Avenue, onde se vêm uns edifícios frios e cinzentos, um ou outro algo interessantes, e ao fundo vislumbramos o Capitólio. O objectivo era chegar ao The Mall, uma avenida que se atravessa perpendicular à Casa Branca, por trás desta, e onde se encontram os principais museus da cidade, como todos os Smithsonians, o Museu de Arte, o Museu do Espaço, o Museu dos Índios Americanos, entre outros. Numa ponta dessa avenida temos o Capitólio, a meio o famoso Oblísquo, que julgo eu marca o centro da cidade e que se enquadra com a Casa Branca, e na outra ponta o Lincoln Memorial. É um passeio que se faz bem, embora se ande bastante. Tem interesse, mas pouca alma. Vê-se, fica-se com a sensação de dever cumprido, vai-se beber uma cerveja, e não se pensa mais nisso. É uma cidade com pouca vida, principalmente no centro. Isto deve-se a ser uma cidade principalmente de serviços, bancos e instituições federais e governamentais. As pessoas optam antes por viver nos estados adjacentes, que ficam a poucos minutos de metro. O ambiente da cidade é muito mais formal do que na Califórnia (também não é difícil), muita gente de fato e gravata, onde um West Coaster como eu se sentiu um bocado à parte com a sua sapatilha Adidas e a T-shirt casual. No entanto, como disse antes, eu gostei da cidade. Dois bairros fora dos roteiros dos monumentos ficaram-me na retina: Georgetown e Adams Morgan. Georgetown é um bairro bem da cidade, com inúmeras lojas, bares, resbs, casas antigas castiças, e bastante movimento. O centro morre fora das horas de trabalho, e onde se deve procurar gente e animação é por aqui. Adam’s Morgan é um bocado do género, com casas num estilo britânico de início do Século XX, muitos bares e restaurantes, sendo menos arranjado e menos formal que Georgetown, é também um local muito interessante. Passei também pela zona da Universidade, por Waterfront junto ao rio, e fomos ainda a Alexandria, uma pequena localidade no Estado da Virgínia, ao alcance de 20 minutos de metro. Alexandria é uma vila engraçada, com casas antigas e coloridas, lojas, e uma zona ribeirinha acolhedora, onde se podem dar passeios de barco, e onde pude ver um exemplar a lembrar as aventuras do Tom Sawyer. Mas do que eu mais gostei em Washington foi de … sair à noite! Não sei se terá sido por ter a companhia de dois amigos sempre prontos para a borga, mas realmente diverti-me imenso. A noite pareceu-me mais sofisticada, com mais nível, bares mais bem decorados, e com algo mais que loiras e havaianas. As duas noites passaram-se em Dupont Circle, uma zona onde existem varios bares “in” de Washington, e onde pude beber uma Super Bock fresquinha no Citron, um bar engraçado e bem frequentado. Que festa! Foi uma risota pegada, a interacção com a população local foi interessante, e no fim só tive pena de não poder ficar mais um bocadinho, e já agora de não saber dançar Salsa (private joke) … Washington está vista. Só lá volto se for para mais umas noites de borga com o Rui e o Fred, e com quem mais se quiser juntar…

0 Comments:

Post a Comment

<< Home