San Diego Chronicles

... o sabor da Tequilla e das enchiladas, o brilho da areia, as ondas do Pacífico, as cores do México, o som do Jazz, dos Blues, do Funk, o movimento nas ruas, aquilo que me surpreende, o que me fascina, o que me apaixona, o que me chateia, ou apenas aquilo que me vai na cabeça...

Thursday, July 14, 2005

Grand Canyon

De Las Vegas rumámos ao Grand Canyon, um objectivo máximo nesta minha aventura nos EUA. O objectivo era sair de Las Vegas e chegar ao meio da tarde à parte sul do Grand Canyon, onde nos diziam ver-se um pôr do sol magnífico. Devido a problemas organizativos que não vale a pena mencionar, a nossa saída atrasou-se e arriscamo-nos a pôr em risco a nossa jornada, calculada no limite. A viagem fez-se em contra relógio e em claro desrespeito pelas leis do Nevada e do Arizona, de tal maneira que os dois carros acabaram por se separar ainda no início da viagem, só se voltando a reunir em Page - Arizona, quase à meia-noite. Cada um por si!

Logo no início do caminho passamos pela Hoover Dam, a majestosa construção humana que trava o curso do rio Colorado, formando um imenso lago no meio do ambiente deserto que separa os estados do Nevada e do Arizona. Impressiona o seu tamanho, e saber que foi construída entre os anos 1930 e 1935, à custa de várias vidas, vítimas em grande parte do imenso calor. Mas o tempo urgia, e logo aqui a caravana se separou, e o nosso carro seguiu caminho sem demora, de modo a não hipotecar a visão do Grand Canyon. O caminho foi feito maioritariamente em auto-estrada, e a todo o vapor. Ao parar para pôr gasolina, fomos dar a uma terriola nos confins do Arizona, cujo o nome não fixei, atrevessada pela mítica Route 66. Nessa vila, uns resquícios do antigo oeste sob a forma de casas de madeira e afins estendiam-se em frente à bomba de gasolina, motivo para uma pequena paragem para umas fotos. À medida que nos aproximávamos do Grand Canyon, a paisagem ía-se modificando, tal como a temperatura exterior e os níveis de humidade. Agora podíamos ver pinheiros, coisa que não via há uns meses, e uma paisagem bem verde, ajudada por um clima mais simpático, apesar de ainda quente. Antes de virarmos para norte, para o Grand Canyon, cruzámos Williams, uma pequena vila que serve de repouso a muitos visitantes dessa maravilha natural. Nela podemos ver uma certa animação, com um cantor country a dar música a uns convivas numa esplanada de madeira, e verdadeiros cowboys a olear as armas junto ás suas pick up’s, que isso de cavalos é só para os filmes e documentários. Rumando a norte, a ver o sol esfumar-se por entre os pinheiros, previmos o pior: perder a vista do Grand Canyon. Mas conseguimos! Chegamos uma meia hora antes do sol começar a pôr-se, e podemos ainda apreciar a enormidade, a imponência, a aterradora beleza desta maravilha da natureza. O que posso dizer é que soube a pouco. Gostava de ter chegado umas duas horas antes, e poder degustar aquela paisagem calmamente, sem pressas, apreciando as diferentes tonalidades à medida que o ângulo do sol vai diminuindo até se pôr. Não foi possível, mas é provável que repita a viagem com algum dos meus futuros visitantes. As vistas foram aproveitadas até aos últimos raios de sol, e começamos a pensar em rumar a Page, a paragem final prevista. A viagem, foi feita em direcção Este, a acompanhar a margem sul do grande Canyon, até que a geografia e o mapa de estradas nos permitiu virar a norte, em direcção a Page. Chegamos a Page pelas 22.00 horas, a tempo de assegurar o quarto pré reservado, e de jantar em mais uma sucursal do clássico Denny’s.

0 Comments:

Post a Comment

<< Home