Grand Canyon
De Las Vegas rumámos ao Grand Canyon, um objectivo máximo nesta minha aventura nos EUA. O objectivo era sair de Las Vegas e chegar ao meio da tarde à parte sul do Grand Canyon, onde nos diziam ver-se um pôr do sol magnífico. Devido a problemas organizativos que não vale a pena mencionar, a nossa saída atrasou-se e arriscamo-nos a pôr em risco a nossa jornada, calculada no limite. A viagem fez-se em contra relógio e em claro desrespeito pelas leis do Nevada e do Arizona, de tal maneira que os dois carros acabaram por se separar ainda no início da viagem, só se voltando a reunir em Page - Arizona, quase à meia-noite. Cada um por si!
Logo no início do caminho passamos pela Hoover Dam, a majestosa construção humana que trava o curso do rio Colorado, formando um imenso lago no meio do ambiente deserto que separa os estados do Nevada e do Arizona. Impressiona o seu tamanho, e saber que foi construída entre os anos 1930 e 1935, à custa de várias vidas, vítimas em grande parte do imenso calor. Mas o tempo urgia, e logo aqui a caravana se separou, e o nosso carro seguiu caminho sem demora, de modo a não hipotecar a visão do Grand Canyon. O caminho foi feito maioritariamente em auto-estrada, e a todo o vapor. Ao parar para pôr gasolina, fomos dar a uma terriola nos confins do Arizona, cujo o nome não fixei, atrevessada pela mítica Route 66. Nessa vila, uns resquícios do antigo oeste sob a forma de casas de madeira e afins estendiam-se em frente à bomba de gasolina, motivo para uma pequena paragem para umas fotos. À medida que nos aproximávamos do Grand Canyon, a paisagem ía-se modificando, tal como a temperatura exterior e os níveis de humidade. Agora podíamos ver pinheiros, coisa que não via há uns meses, e uma paisagem bem verde, ajudada por um clima mais simpático, apesar de ainda quente. Antes de virarmos para norte, para o Grand Canyon, cruzámos Williams, uma pequena vila que serve de repouso a muitos visitantes dessa maravilha natural. Nela podemos ver uma certa animação, com um cantor country a dar música a uns convivas numa esplanada de madeira, e verdadeiros cowboys a olear as armas junto ás suas pick up’s, que isso de cavalos é só para os filmes e documentários. Rumando a norte, a ver o sol esfumar-se por entre os pinheiros, previmos o pior: perder a vista do Grand Canyon. Mas conseguimos! Chegamos uma meia hora antes do sol começar a pôr-se, e podemos ainda apreciar a enormidade, a imponência, a aterradora beleza desta maravilha da natureza. O que posso dizer é que soube a pouco. Gostava de ter chegado umas duas horas antes, e poder degustar aquela paisagem calmamente, sem pressas, apreciando as diferentes tonalidades à medida que o ângulo do sol vai diminuindo até se pôr. Não foi possível, mas é provável que repita a viagem com algum dos meus futuros visitantes. As vistas foram aproveitadas até aos últimos raios de sol, e começamos a pensar em rumar a Page, a paragem final prevista. A viagem, foi feita em direcção Este, a acompanhar a margem sul do grande Canyon, até que a geografia e o mapa de estradas nos permitiu virar a norte, em direcção a Page. Chegamos a Page pelas 22.00 horas, a tempo de assegurar o quarto pré reservado, e de jantar em mais uma sucursal do clássico Denny’s.
0 Comments:
Post a Comment
<< Home