San Diego Chronicles

... o sabor da Tequilla e das enchiladas, o brilho da areia, as ondas do Pacífico, as cores do México, o som do Jazz, dos Blues, do Funk, o movimento nas ruas, aquilo que me surpreende, o que me fascina, o que me apaixona, o que me chateia, ou apenas aquilo que me vai na cabeça...

Monday, August 22, 2005

Welcome to Tijuana ...

Aproveitando a presença do João, que veio de S. Francisco para mais uma visita e para assistir ao festival Street Scene, decidimos ir a Tijuana no México. Tijuana, como todos sabem, é uma cidade fronteiriça mexicana que divide a sua responsabilidade aduaneira com San Ysidro do lado americano. San Ysidro faz parte de San Diego, e a 3 quarteirões de minha casa apanha-se o trolley (uma espécie de metro de superfície) que vai até a fronteira. À medida que o trolley avança para sul, deixando a Downtown de San Diego para trás, o México começa a ser uma realidade, já que a os habitantes das zonas mais a sul de San Diego são predominantemente mexicanos, com zonas com nomes como Chula Vista ou El Cajón. A entrada no México é incrivelmente fácil. Nem o passaporte se mostra. Passa-se por um militar americano encostado a um canto, e ultrapassa-se uma porta rolante de ferro, entrando-se efectivamente em território Mexicano. À entrada imensos taxistas se oferecem para nos levar ao centro de Tijuana, uma ajuda desnecessária, já que 5 a 10 minutos a pé pelo meio de comerciantes e botecos nos levam a esse destino num contacto mais próximo com a realidade da cidade. Tijuana, na verdade, não tem nada de especial para ver, a não ser um povo mais expansivo e alegre, mas também mais pobre, umas lojas com especialidades Mexicanas para americano ver, e uns restaurantes e bares com álcool barato e acessível a acenar aos jovens americanos. Talvez se aplique a frase mítica de Manu Chao: “Welcome to Tijuana, tequilla, sexo y marijuana…”. Demos umas voltas pela Avenida Revolución, a artéria comercial e destinada aos turistas, onde almoçámos e sentimos um pouco o ambiente da cidade, com comerciantes insistentes a tentarem arrastar-nos para dentro das suas lojas e restaurantes, música por todo o lado, e imensas referências ao estereótipos cultura Mexicana. Na fronteira, para entrar nos EUA, um zeloso funcionário da emigração decidiu implicar com o João e obrigá-lo a tirar um documento e a perder hora e meia em formalidades, enquanto eu e a Joana entramos sem qualquer problema.

Resumindo, posso dizer que já fui ao México, embora não tenha visto nada que me satisfaça a curiosidade que tenho enquanto turista e viajante. A vontade de me aventurar pelo México dentro é grande, e será provavelmente concretizada lá mais para a frente. Por enquanto ficou um pequeno aperitivo.

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