San Diego Chronicles

... o sabor da Tequilla e das enchiladas, o brilho da areia, as ondas do Pacífico, as cores do México, o som do Jazz, dos Blues, do Funk, o movimento nas ruas, aquilo que me surpreende, o que me fascina, o que me apaixona, o que me chateia, ou apenas aquilo que me vai na cabeça...

Friday, March 31, 2006

Explorar S. Francisco - Downtown

O dia seguinte começou cedo, dentro do possível, e seguindo algumas indicações do João começamos a explorar a cidade. Descemos a Vallejo e tomamos o pequeno-almoço em mais uma sucursal da Starbucks, uma praga que invade as ruas da América como ervas daninhas. Pegamos no jipe e fomos entregá-lo à oficina do aluguer de carros que era bem no centro da cidade, a uns dois quarteirões de Union Square. Dali começamos realmente a embrenhar-nos pela cidade, aos altos e baixos, a subir e a descer como numa montanha russa. Seguimos para Union Square onde os armazéns do Macy’s são reis, dominando os imóveis da praça. Num deles o Natal era já o tema principal em meados de Setembro, onde árvores de Natal, bonecos de neve, pais natal, e outras imagens de marca da quadra invadiam os corredores daquela loja. Descemos até Market Street, uma das ruas principais da cidade, e seguimo-la até a baía, percorrendo esta rua de prédios altos e lojas, com os típicos cable cars a que nós chamaríamos de eléctricos a passarem cheios de gente para cima e para baixo. E aqui está uma curiosidade sobre esse ícone de San Francisco que nos habituamos a associar à cidade e a chamar de eléctricos. Em algumas ruas de San Francisco podemos ouvir um zumbir constante e frenético, como se um moscardo mecânico se passeasse debaixo das ruas da cidade e se quisesse escapar por entre as pequenas frinchas no alcatrão que separam os carris. Esse barulho é a roda motriz dos Cable Cars, ou eléctricos como nós gostamos de os chamar à luz daqueles que se passeiam na Foz. Em vez da electricidade, cabos e roldanas puxam os carros ruas acima, e sustentam-nos ruas abaixo. De facto, seria certamente necessário muita electricidade para puxar aqueles vagões por aquelas íngremes ruas, desafiando as rígidas leis da física. Chegados à baía fomos encontrar o Embarcadero, o porto de onde partem os ferry boats para Oakland do outro lado da baía. Sentados em frente à baía descansamos um pouco da caminhada enquanto contemplávamos a Bay Bridge. Olhando para trás a cidade ergue-se em altos e baixos, num recortado típico das prósperas cidades americanas. No Embarcadero encontramos diversos restaurantes, e contra todas as previsões nenhum deles pertencia aos costumeiros franchisings que se multiplicam pelas esquinas da América. Era já fim da manhã e diversas pessoas repousavam calmamente em frente à baía a almoçar, com uma merenda em cima dos joelhos e os olhos posto no mar. Nós seguimos o exemplo e fomos comer uns saudáveis rolos de sushi para um banco debruçado na baía. Acabado o almoço e o descanso, retomamos a nossa caminhada por San Francisco. Voltamos para trás por outra rua, entrando de novo no coração de Downtown. Passamos pelo emblemático edifício bicudo e esguio, o Transamerica Pyramid, que se destaca dos restantes arranha-céus pela sua forma pouco convencional, e seguimos para Chinatown.

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