San Diego Chronicles

... o sabor da Tequilla e das enchiladas, o brilho da areia, as ondas do Pacífico, as cores do México, o som do Jazz, dos Blues, do Funk, o movimento nas ruas, aquilo que me surpreende, o que me fascina, o que me apaixona, o que me chateia, ou apenas aquilo que me vai na cabeça...

Thursday, March 30, 2006

North Beach - O Bairro Italiano ao Fim da Tarde

Depois de explorar aquele entroncamento de ruas, seguimos pela Columbus Street, bastião italiano de San Francisco. Aqui os apelos são outros. As pizzarias, os restaurantes italianos, os cafés com máquinas de espresso que fogem ao standard Starbucks, pessoas nas esplanadas e nos cafés a saborearem o prazer de estar vivo ao bom estilo latino. O cariz cultural e étnico do bairro não é tão puro como o de Chinatown, sendo mais ao estilo Ítalo Americano, um sabor de Itália com roupagem da Califórnia. Pelo meio deste bairro descobrimos a Francisco Street, uma ode inesperada a este viajante alto e espadaúdo, e a enfeitar alguns muros vimos grafitis fabulosos. Descendo a Columbus Street fomos acompanhando North Beach por entre referências italianas até chegarmos á baía de novo, desta feita perto de Fisherman’s Warf, uma zona comercial e turística junto à baía e a um porto que ali dá descanso aos barcos que entram na baía de San Francisco. A tarde avançava, e a hora combinada com o nosso anfitrião, o João, aproximava-se. Tínhamos combinado pelas 5.30 / 6.00 da tarde, altura em que ele regressaria do trabalho para nos mostrar mais um pouco da cidade. Depois de um dia inteiro a andar pela cidade, uma cidade que não é propriamente plana, as nossas pernas pediam descanso. Estar cá em baixo na baía perto da zona de Fisherman’s Warf e olhar para a zona onde o João mora é sem dúvida desmoralizante. As ruas inclinam-se colina acima em lanços de tirar o fôlego ao mais robusto dos Cable Car’s que por ali acima se aventuram. Com as forças a não abundarem, vimos com um sorriso nos lábios que dali mesmo junto à baía partia um Cable Car que subia exactamente a temível rua que nos levaria para bem perto da casa do João. No entanto, a fila de turistas e curiosos que se acotovelavam para subir para o abençoado transporte era tal, que não tivemos paciência para esperar, e decidimos dar o golpe de misericórdia nas nossas pernas e subir aquela danada rua. Por sorte e fortuna, quando subíamos o segundo quarteirão, reparamos que havia uma paragem para o Cable Car e que este subia na nossa direcção. Num último fôlego, demos uma corrida em ritmo de escalada e conseguimos um lugar nas traseiras do Cable Car, atafulhados no meio da gente que enchia completamente o veículo. Para além do conforto de subir sem esforço tamanha escarpa, a baía que deixávamos para trás vista das traseiras do Cable Car ganhava outra beleza e dava outro sentido à viagem. Quase no topo da colina, e no espírito turístico que não olha a cansaços, saímos do nosso transporte para vermos uma das mais famosas atracções de San Francisco: Lombard Street. Esta rua, já próxima da casa do João, para além da inclinação olímpica, serpenteia em curva contra curva quarteirão abaixo, com canteiros verdes e floridos a contornarem o sinuoso traçado. Numa rua recta foi desenhado um traçado em curvas sucessivas para impedir o excesso de velocidade e aumentar a segurança de uma das ruas mais inclinadas de San Francisco. Depois de vermos a rua e a afluência de turistas que fazem questão de parar para mais uma fotografia, seguimos para casa para descansar um bocado e recuperar forças para o resto do dia.

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