Las Vegas... Outra Vez
Desta vez decidi entrar por Las Vegas à maneira antiga. Saí logo na primeira saída, a que diz Las Vegas Boulevard, e apanhei o início desta avenida. A Las Vegas Boulevard, no sítio onde a apanhamos, é ainda uma espécie de estrada nacional, penso que a primeira estrada para Las Vegas, aquela que todos faziam há mais de 50 anos atrás. Não muito longe já se vêem bem o Mandalay Bay e o Tropicana, um de cada lado, os primeiros grandes hotéis e casinos da Strip. A estrada transforma-se numa avenida de 4 faixas para cada lado e vemos o mítico sinal já com décadas de existência: Welcome to Fabulous Las Vegas. É ali que realmente começa Las Vegas, a loucura, os neons, as luzes. Mal se entra nessa fronteira imaginária aparecem logo os primeiros motéis que anunciam prémios, buffets, espectáculos e afins. Mas os verdadeiros e gigantes hotéis estão uns metros mais à frente. Então sim, passamos pelo Mandalay Bay, Luxor, Tropicana, MGM Grand, e por aí fora. Fizemos cerca de metade da Strip até chegar ao nosso hotel, o Bally’s, mesmo em frente ao Bellagio, e instalamo-nos no nosso belo quarto no 24º andar de uma das torres do hotel. Lá em cima, tomamos um banho, apreciamos a magnífica vista sobre Las Vegas, e seguimos para a noite de Las Vegas, para os casinos, hotéis, bares e discotecas. Jantamos no Flamingo, mais um hotel clássico, e decidimos correr uns bares por ali. Tentamos ir ao clube do Bellagio, o Light, mas era tanta a gente à porta que cedo desistimos da ideia. Tentamos então ir ao principal clube do Ceaser’s Palace, o Pure, onde o cenário era ainda pior devido a uma festa especial que lá havia. Fomos então ao bar do Venittian, um local interessante com uma pista cheia de pequenas luzinhas num ambiente muito “disco sound”. Mas aquilo não estava especialmente animado. Não era a Las Vegas mais vibrante e debochada que se podia encontrar. Decidimos então seguir para um clube a que já tinha tentado ir das outras duas vezes que tinha estado em Las Vegas, o afamado Rain no hotel Palms, um pouco mais afastado da Strip. E aqui sim, Las Vegas vibrava. No casino do Palms jogamos os dólares da praxe na roleta, onde acabamos por conhecer um luso descendente açoreano. Acreditem que é algo entre o hilariante e o imperceptível o sotaque açoreano inglesado que aquele jovem debitava ao ritmo dos perdigotos que a sua dificuldade em respirar pelo nariz produzia. Simpático no entanto, justiça lhe seja feita. E então sim, seguimos para o Rain. O clube era algo inacreditável. Um espaço muito amplo com varandas em volta, como que formando uma arena. Os bares estavam no perímetro do espaço, e o chão escalonado em vários níveis. E finalmente, no meio, a pista, um espaço pequeno separado do resto da discoteca por água, a que se tinha acesso por duas pontes. Por cima uma armação que segurava as luzes e uns lança chamas que por vezes ajudavam a inflamar o recinto com baforadas violentas de fogo ao som da música. Aquilo sim era Las Vegas. A noite seguiu quente ao som do hip hop e do rock, numa alternância nem sempre inteligente, até quase de manhã voltarmos ao nosso hotel e ainda gastarmos uns dólares numas máquinas.
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