De Volta a Las Vegas

A viagem para Las Vegas foi tranquila, com a paragem para comer em Kingman num restaurante de camionistas e a passagem nocturna na Hoover Dam a apresentarem-se como os principais pontos de interesse. Na chegada a Las Vegas tomamos um caminho que nos permitiu entrar em Las Vegas pela Las Vegas Boulevard, onde a cidade realmente começa, o início da Strip, e onde se pode ver a famosa placa “Welcome to Fabulous Las Vegas”. O nosso hotel desta feita era o Tropicana que fica logo no início da Strip, perto do Luxor ,do Mandalay Bay, do MGM Grand e do New York New York. Por isso mais uma vez estávamos bem situados. Como já não era cedo, jantamos pelas imediações e rumamos a um clube que tinhas as vantagens de ser perto e famoso: o Clube 54. Já lá tinha ido da minha última visita a Las Vegas e a opção pareceu-me boa. Desta feita, no entanto, o clube não foi ao encontro das expectativas, e acabamos a noite a tentar ir a outro clube e a vaguear pelos casinos e hotéis contíguos observando as personagens incríveis que por lá se podem ver, principalmente ás 5 da manhã. Las Vegas é estranho, entre o deslumbrante e o grotesco, no limbo da nossa capacidade de encaixe. No dia seguinte o obrigatório checkout ás 11 da manhã foi mais uma vez penoso, e a vontade de voltar o mais rápido possível para San Diego falou mais alto. Comemos qualquer coisa e fizemo-nos à estrada para uma viagem que não deveria demorar mais que 4 a 5 horas. Mas como o tráfego não é uma ciência exacta, as hordas de carros que regressavam a Los Angeles e possivelmente a San Diego e a outras cidades congestionaram completamente a I-15. Sob o sol arrasador do deserto de Mojave passamos longas horas num irritante e maçador pára-arranca que acabou literalmente connosco. Fomos parando para relaxar, descansar, beber, arrefecer o carro, e fomos dizendo mal da nossa vida. Sair domingo de Las Vegas rumo a Los Angeles nunca mais! Ao início da noite lá chegamos a San Diego, ao repouso do lar, ao conforto de casa. Para trás ficaram uns dias bem passados na companhia de dois bons amigos, a fazer lembrar outras aventuras, outros tempos. Como diria o Beiça, “A Califórnia é grande. Aqui é tudo grande! Que Grande Canyon! Que grandes férias!”. O resto da sua estadia por cá foi feita a vaguear pela cidade e pelas suas praias, a desfrutar da tranquilidade desta cidade, do seu bom tempo, e de tudo o que ela oferece. Foi bom ter por cá dois amigos que não via há uns tempos largos. Foi bom poder partilhar com eles um bocadinho desta experiência. Daqui por uns meses lá nos veremos pelo nosso Porto.