As Primeiras Visitas
O fim de semana anterior foi fantástico, na companhia de dois bons amigos, sempre bem dispostos e em sintonia hertziana. Companheiros de lides emigrantes além mar, resolveram visitar-me, num gesto que irei retribuir logicamente. Dias de risota, de borga, de pequenas viagens, de festa.
Quinta feira, 5 de Maio, data histórica para os mexicanos. Pelos vistos ganharam aos franceses na Batalha de Puebla em 1862. Não sei o que raio faziam os franceses por aqui, mas tudo bem, não contesto dados históricos. O que realmente me interessa é que se trata de uma data que os mexicanos comemoram à grande, e por arrasto cultural, que a cultura Americana não dá para muito, os americanos juntam-se à comemoração como se tivessem lutado com as próprias mãos os invasores gauleses. Como bons portugueses, os meus visitantes rapidamente se ambientaram e descobriram onde se passava a festa rija. Lá se dirigiram a Old Town, zona que com muita vergonha devo dizer que ainda não conhecia. Encontrei-me com eles mais tarde, já a festa ía avançada. Gente nas ruas, música, tacos, burritos, quesadillas, cerveja, tequila, margaritas. Enfim … um deboche! Os meus amigos vieram, para alem de me visitar e passar um bom bocado, em busca do sol que a geografia lhes tem roubado. Estava de facto uma noite bem agradável, quente diria mesmo. Mas, coisas da metereologia, eis que se abate um dilúvio monumental, apenas comparável a monumentos como a Pirâmide de Gizé ou a Muralha da China. Meus amigos, não sei se terei visto alguma vez chover assim. Um registo que gostamos de chamar de tempestade tropical. Mas nem isso abalou a festa. Estava calor, e as margaritas ajudavam a esquecer a chuva. Meia hora de calamidade, noite limpa de novo, e o continuar da festa brava. Por sorte estava a jantar numa esplanada coberta. Nem todos tivemos essa sorte … Não me livrei de impropérios e acusações de mentiroso por publicitar uma San Diego radiante e recebê-los com um dilúvio bíblico. Eu bem tentei explicar que nunca tinha visto chover mais que uns pingos ocasionais umas 2 ou 3 vezes de excepção, mas a revolta era grande. Nada que mais umas Coronas e um pé de dança não resolvessem. A noite continuou animada e acabou no Henry’s, já um clássico da minha vivência por aqui, com as suas quintas animadas pela banda de covers.
Nos outros dias aproveitei para lhes mostrar algo da costa da Califórnia. Aqui já o sol de San Diego fazia valer os seus pergaminhos. Fomos até Oceanside num dia, e no outro retomamos a Pacific Coast Highway em Dana Point, para seguirmos ate Long Beach, já arredores de Los Angeles. Parámos em locais bem apetecíveis, e quando digo locais estou praticamente a referir-me a praias. Destaco Dana Point, com um porto interessante, e Laguna Beach, praia simpática e acolhedora, com casas fabulosas a tocar a areia. Alias, aqueles últimos 100 km ate LA são luxuriosos, sendo em grande parte preenchidos por casas de gente de dinheiro da cidade dos anjos. Não serão os mais ricos e famosos, porque esses têm casa em Malibu, Santa Monica ou Santa Barbara. Lá irei a seu tempo, quando passar para norte de LA. Huntington Beach também era uma zona gira, com uma praia grande e interessante. Long Beach foi uma desilusão para mim. É já uma grande cidade, e sem a piada destas localidades de que falei. A praia tem um areal largo, a dar sentido ao nome de Long Beach, mas acaba num muro de cimento de cerca 6 metros, a altura do passeio em frente à praia. Tem uma pista em cimento no areal para o jogging e o deslizar de patins ou bicicletas. Podemos também ver umas ilhas artificiais estranhas no meio do mar que não faço ideia o que são. Mostrei-lhes também La Jolla, Ocean Beach e Pacific Beach, as zonas de praia mais emblemáticas de San Diego, cada uma com as suas características. La Jolla – luxo, hotéis, focas, surf, cotas. Ocean Beach – hippies, motoqueiros, surf, tattoos, rock and roll. Pacific Beach – jovens, estudantes, miúdas, surf, festa.
E por falar em festa, isso foi coisa que não faltou entre nós, embora o esquecimento do passaporte de um dos meus hóspedes não nos permitisse entrar em todos os bares. Conseguimos levar o amor pela legalidade e a correcção do meu flat mate ao desespero, ao infringirmos varias leis nacionais e estaduais, das quais se destaca o fazê-lo conduzir o nosso carro com seis pessoas lá dentro (era o único puro de sangue). O nervosismo criado por tão infame situação levou ao êxtase da noite, com um acidente em plena Grand Avenue em Pacific Beach, que ao sábado à noite respira carros da polícia. Em menos de um minuto saímos do carro, vimos que não havia estragos, e fizemo-nos ao caminho, antes que aparecessem os indesejáveis agentes da autoridade. O resto do caminho foi feito em gargalhadas e rock and roll, e um bocado de adrenalina para o conductor de servico, ora devido a provocações vindas do banco de trás, ora devido aos animais mortos que ele ia descortinando no meio da estrada, e que deram um certo serpentear à nossa viagem. A noite continuou em downtown sem sobressaltos.
Foi bom ter cá amigos para partilhar um bocado de San Diego e da minha aventura. Com amigos sabe sempre melhor. Está prometida uma visita a eles para breve.
Quinta feira, 5 de Maio, data histórica para os mexicanos. Pelos vistos ganharam aos franceses na Batalha de Puebla em 1862. Não sei o que raio faziam os franceses por aqui, mas tudo bem, não contesto dados históricos. O que realmente me interessa é que se trata de uma data que os mexicanos comemoram à grande, e por arrasto cultural, que a cultura Americana não dá para muito, os americanos juntam-se à comemoração como se tivessem lutado com as próprias mãos os invasores gauleses. Como bons portugueses, os meus visitantes rapidamente se ambientaram e descobriram onde se passava a festa rija. Lá se dirigiram a Old Town, zona que com muita vergonha devo dizer que ainda não conhecia. Encontrei-me com eles mais tarde, já a festa ía avançada. Gente nas ruas, música, tacos, burritos, quesadillas, cerveja, tequila, margaritas. Enfim … um deboche! Os meus amigos vieram, para alem de me visitar e passar um bom bocado, em busca do sol que a geografia lhes tem roubado. Estava de facto uma noite bem agradável, quente diria mesmo. Mas, coisas da metereologia, eis que se abate um dilúvio monumental, apenas comparável a monumentos como a Pirâmide de Gizé ou a Muralha da China. Meus amigos, não sei se terei visto alguma vez chover assim. Um registo que gostamos de chamar de tempestade tropical. Mas nem isso abalou a festa. Estava calor, e as margaritas ajudavam a esquecer a chuva. Meia hora de calamidade, noite limpa de novo, e o continuar da festa brava. Por sorte estava a jantar numa esplanada coberta. Nem todos tivemos essa sorte … Não me livrei de impropérios e acusações de mentiroso por publicitar uma San Diego radiante e recebê-los com um dilúvio bíblico. Eu bem tentei explicar que nunca tinha visto chover mais que uns pingos ocasionais umas 2 ou 3 vezes de excepção, mas a revolta era grande. Nada que mais umas Coronas e um pé de dança não resolvessem. A noite continuou animada e acabou no Henry’s, já um clássico da minha vivência por aqui, com as suas quintas animadas pela banda de covers.
Nos outros dias aproveitei para lhes mostrar algo da costa da Califórnia. Aqui já o sol de San Diego fazia valer os seus pergaminhos. Fomos até Oceanside num dia, e no outro retomamos a Pacific Coast Highway em Dana Point, para seguirmos ate Long Beach, já arredores de Los Angeles. Parámos em locais bem apetecíveis, e quando digo locais estou praticamente a referir-me a praias. Destaco Dana Point, com um porto interessante, e Laguna Beach, praia simpática e acolhedora, com casas fabulosas a tocar a areia. Alias, aqueles últimos 100 km ate LA são luxuriosos, sendo em grande parte preenchidos por casas de gente de dinheiro da cidade dos anjos. Não serão os mais ricos e famosos, porque esses têm casa em Malibu, Santa Monica ou Santa Barbara. Lá irei a seu tempo, quando passar para norte de LA. Huntington Beach também era uma zona gira, com uma praia grande e interessante. Long Beach foi uma desilusão para mim. É já uma grande cidade, e sem a piada destas localidades de que falei. A praia tem um areal largo, a dar sentido ao nome de Long Beach, mas acaba num muro de cimento de cerca 6 metros, a altura do passeio em frente à praia. Tem uma pista em cimento no areal para o jogging e o deslizar de patins ou bicicletas. Podemos também ver umas ilhas artificiais estranhas no meio do mar que não faço ideia o que são. Mostrei-lhes também La Jolla, Ocean Beach e Pacific Beach, as zonas de praia mais emblemáticas de San Diego, cada uma com as suas características. La Jolla – luxo, hotéis, focas, surf, cotas. Ocean Beach – hippies, motoqueiros, surf, tattoos, rock and roll. Pacific Beach – jovens, estudantes, miúdas, surf, festa.
E por falar em festa, isso foi coisa que não faltou entre nós, embora o esquecimento do passaporte de um dos meus hóspedes não nos permitisse entrar em todos os bares. Conseguimos levar o amor pela legalidade e a correcção do meu flat mate ao desespero, ao infringirmos varias leis nacionais e estaduais, das quais se destaca o fazê-lo conduzir o nosso carro com seis pessoas lá dentro (era o único puro de sangue). O nervosismo criado por tão infame situação levou ao êxtase da noite, com um acidente em plena Grand Avenue em Pacific Beach, que ao sábado à noite respira carros da polícia. Em menos de um minuto saímos do carro, vimos que não havia estragos, e fizemo-nos ao caminho, antes que aparecessem os indesejáveis agentes da autoridade. O resto do caminho foi feito em gargalhadas e rock and roll, e um bocado de adrenalina para o conductor de servico, ora devido a provocações vindas do banco de trás, ora devido aos animais mortos que ele ia descortinando no meio da estrada, e que deram um certo serpentear à nossa viagem. A noite continuou em downtown sem sobressaltos.
Foi bom ter cá amigos para partilhar um bocado de San Diego e da minha aventura. Com amigos sabe sempre melhor. Está prometida uma visita a eles para breve.
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