Midtown é com certeza a zona mais conhecida de Manhattan. Aquela que se vê nos postais e nos filmes, aquela onde o Empire State Building é rei, onde Times Square emite megawatts de luz, e onde o Central Park descansa no meio do rebuliço da cidade. Aqui vemos em qualquer canto pequenos frames de algum filme que nos ficou na memória, e temos por vezes mesmo um certo sentimento de familiaridade apesar de ser a primeira vez que lá estamos. A subida ao Empire State Building é penosa, mas vale a pena. Só assim se tem noção da grandiosidade de Manhattan e do próprio edifício, e acabamos por esquecer as duas horas de espera para entrar no abençoado elevador. Edifícios que pareciam altos vistos da rua, são agora subalternos ao nosso olhar. Ao fundo, a sul, as torres de Downtown parecem uma cidadela dentro de Manhattan, tal é a desproporcao em relacao a Chinatown, Little Italy, Soho, e outros bairros adjacentes que se vao estendendo até Midtown.
Downtown ao fundo... Fantamagórico!
A nordeste e a norte outras torres se levantam, entras quais o também famoso Chrysler Building, e mais ao fundo, uma enorme mancha verde que da pelo nome de Central Park estende-se para o norte da ilha.
Midtown e ao fundo o imponente Chrysler Building.
Chrysler Building.
Também em Midtown não podia deixar de ir á impagável Times Square. Em Times Square é tanta a informação por unidade de tempo e espaço, que por vezes ficamos meios perdidos no meio da luz, como que hipnotizados com cara de parvo a olhar para as luzes em movimento. E as hordas de gente que se movimentam naquele espaço também não ajudam a ter o mínimo discernimento. De facto, a gente é tanta, e os estímulos visuais e sonoros tão intensos e frequentes, que a certa altura cansa estar em Times Square.
A confusão visual de Times Square.
Para onde olhar?
A azáfama de Times Square.
Yellow Cabs em Times Square... podia haver momento mais clássico?
Claro que, como amante da arte, e da arte moderna e contemporânea em particular, não podia deixar de visitar o recém renovado MOMA (Museum of Modern Art). O edifício é belo e leve, inserindo-se na perfeição entre torres e prédios de tijolo tão típicos de NY. O interior é muito interessante também, tanto pela arquitectura como pela colecção que apresenta. Um jardim interior tranquilo permite descansar da caminhada pelas galerias e da azáfama da cidade. A colecção apresenta pintura, escultura, uma colecção bastante interessante de design, fotografia, vídeo. Aproveitei a free friday, que proporciona a entrada livre no museu a partir das 4 da tarde todas as sextas feiras, o que me permitiu poupar uns dólares, mas ao mesmo tempo ter que partilhar corredores e galerias com muitas centenas de pessoas, o que me retirou algum prazer da visita ao museu. Posso registar alguns Picassos e Dalis, alguns classicos Pop de Warhol e Lichtenstein, dois ou três quadros fabulosos de Munch, e um quadro lindo de Van Gogh que não imaginei que aqui estivesse: Starry Night. Simplesmente arrebatador visto ao vivo. De resto, Midtown são as imensas avenidas, principalmente a 5ª , a 6ª, a 7ª ou Fashion Avenue, e a Broadway que faz uma diagonal e desagua na Times Square, e o Central Park, o Rockefeller Center, a Catedral de St. Patrick, a Trump Tower, o Chrysler Building, o Guggenheim, o Metropolitan, o Plaza Hotel, os teatros da Broadway, as pessoas a correrem de um lado para o outro, os yellow cabs a buzinar e a desafiarem as leis da estrada e da fisica… Enfim! Só visto… Melhor … Só vivido.
Rockefeller Center em vésperas do Memorial Day. O patriotismo na cor da naçãoo. Afirmação pela quantidade...
St. Patricks Cathedral em plena 5ª Avenida.
O mítico Radio City.
Sufucado pelas paredes até ao céu...
Jogo de espelhos em Midtown.